segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Os meus amigos de todas as horas.

"O meu voo é cego. Pilotado pelo poder da minha vontade. Este é o meu milagre, e sou uma testemunha arrebatada: eu acredito. Veementemente, alegremente, obstinadamente, cegamente, eu creio. E pela minha crença, sou capaz de matar e morrer. Nasci empunhando uma espada e só me sinto confortável quando aspiro o cheiro dos louros da vitória, embora não me prenda a eles. Não sou de saborear. A minha avidez compele-me a engolir. Sou viciado no calor da batalha e só me sinto vivo quando vislumbro um desafio. A minha testa é dura, a minha armadura é brilhante e a minha gargalhada arrefece os sustos da mesma forma que a primavera vem derreter o gelo e transformar os cinzentos do inverno com o verde-esperança dos brotos na terra, que sinalizam um novo começo.

Cheguei! Sou eu, o Carneiro!"


Ao Hipólito, que me anda sempre a falar do zoodíaco.
Ao Miguel, porque és, decididamente, igual a mim.
Obrigado.





(A escrita tem ficado para trás... Causa: Festa das Latas, Coimbra 2008. E mais não digo!)

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